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Efeito coronavírus na indústria evidencia a transformação digital.

Agosto de 2020 – A humanidade está enfrentando uma das situações mais desafiadoras dos últimos tempos. As restrições, consequência da pandemia do Coronavírus, nos obrigaram a colocar em prática a capacidade de criação, por meio da transformação digital, tanto para combater os desdobramentos da crise, quanto o vírus. 

Como resultado, houve a aceleração de transformações, que aconteciam a passos mais lentos. Neste sentido, a digitalização de processos ganhou uma velocidade até extraordinária e avançou anos em alguns meses. Mas, qual o impacto da indústria com esse impulsionamento? Como foi afetada a base da economia sob o ponto de vista da aceleração da digitalização, uma vez que essa indústria estava construindo sua Transformação Digital de forma morosa e vagarosamente? 

O Setor Industrial diante das transformações decorrentes da pandemia do Coronavírus

As mudanças no formato de trabalho afetaram drasticamente o setor industrial. Indústrias de manufatura e processos, que têm como característica uma produção que necessita da supervisão quase que constante de pessoas para tomar decisões e intervir quando necessário, foram as mais afetadas. Aqui, a adoção do home office foi um desafio. Não do ponto de vista dos profissionais, mas dos processos de negócio, que não estão 100% digitalizados e integrados. 

Isso porque, em sua maioria, as informações são alimentadas, manualmente, em planilhas, por diversas fontes, ocasionando a falta de confiabilidade nas informações e disponibilidade do seu percurso para garantir a fluidez do processo desde o chão de fábrica. Isso demanda a checagem dos dados para validação, o que é dificultado à distância. Sob o ponto de vista da produtividade, o desafio é digitalizar os trabalhos manuais integrando-os horizontalmente. Diferentemente de como normalmente ocorre, que é por meio de digitalização vertical.

Então, como inovar de forma condizente com a realidade desse setor?

Neste contexto, quando falamos em transformar digitalmente os processos, se faz necessária a criação de uma indústria orientada a dados. É preciso aplicar a cultura Data Driven. Porém, para que isso aconteça, é preciso que os profissionais de dados trabalhem integradamente com os especializados em automação e processos de fabricação. Assim feito, os sistemas serão construídos de forma consistente e segura. O modelo permitirá obter ecossistema 100% digital, abrindo caminho para os nomeados Gêmeos Digitais das operações.

No contexto da manutenção, outras tecnologias se farão necessárias, como o Machine Learning, o Deep Learning e a Inteligência Artificial. Estas, conectadas por meio do IoT (Internet das Coisas), permitirão o acompanhamento de equipamentos e, como consequência, a geração de predições, uma tendência que também foi acelerada, ainda que timidamente, pela situação pandêmica. 

De forma geral, o Coronavírus acelerou a Transformação Digital à fórceps e demandou da indústria a necessidade de conhecimento e entendimento do seu nível de maturidade do ponto de vista da tecnologia e dos dados para, a partir disso, construir um plano de ação para tornarem-se indústrias Data Driven. É um caminho sem volta e, uma coisa é certa, trará muitos benefícios! 

*Anderson Aoca é gerente de Indústria 4.0 da Engineering, companhia global de Tecnologia da Informação e Consultoria especializada em Transformação Digital. 

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